A situação encontrada pelos pioneiros do município, quando da chegada ao longo do Rio Uruguai, Rio Passo Fundo seus Afluentes, apresentava uma densa floresta, caracterizada por um extrato arbóreo superior, formado por árvores altas e emergentes, e, na sua maioria deciduais. Como árvores emergentes, predominavam principalmente as Grápias, sem dúvida a árvore mais freqüente ao longo das encostas do Rio Uruguai, o Açoita Cavalo, a Aroeira Braba, Angico, Camboatá, Canjerana, Cedro, Caixeta, Corticeira do Mato, Canela de Veado, a Cabreúva, Cambará, Caporoca, Canelas, Catinguá, Branqüílio, Figueira, Gabiroba, Ipês Diversos, Ingá, Mamica de Cadela, Marmeleiro do Mato, Tarumã, Pessegueiro do Mato, Timbaúva, além de outras espécies que dão frutos comestíveis: a Pitangueira, a Cerejeira, Gabirobeira, Araticum, Uvaia, Guabijú, todas estas de espécies arbóreas. Existe ainda espécies de cactáceas, diversidades de Limas, Parasitas, Xaxins, Taquaras e Bambus. Matas e Capões, outrora existentes, sendo as responsáveis pela p oteção dos rios e riachos, hoje assoreados, desviando seu leito normal nas enxurradas. A utilização da madeira retirada das matas, principalmente às de Lei, desde a entrada dos pioneiros até 1960, basicamente ficou restrita na exportação para a Argentina, através de balseiros, muito comum em nosso município, que transportavam até São Borja pelo Rio Uruguai. Após a década de 60, com o fim do transporte pelos balseiros, a madeira retirada foi comercializada com as serrarias na região, facilitando sobremaneira as construções das propriedades. Hoje, o pouco que resta de madeira de Lei, estão nos cantos de mato, que são praticamente inacessíveis e a sua retirada é utilizada para reformas na propriedade.
obertura Florestal do Município –1850 –2.003.
ANO ÁREA –há %
1850 47.035 100,00
1965 7.055 15,00
1975 3.762 8,00
1985 5.173 11,00
2.003 6.114 13,00
Fonte: Emater