Toldo Indígena dos Kaingangues , ou Coroados cujo o cacique nesse tempo era o Índio Nonoai. O Sr. Rocha Loires e os demais componentes da caravana, foram recebidos sem hostilidade pelo Chefe Indígena do Toldo, o bondoso e prestigioso Cacique Nonoai. Expostas as pretensões do Comendador Rocha Loires ao Chefe Indígena, de abrir uma nova estrada que vindo de Passo Fundo passando Por este Toldo fosse dar no lugar chamado Goio- En no Rio Uruguai. Essa proposta foi acatada pelos índios então foi formado um compromisso entre ambos: Rocha Loires e Cacique Nonoai, com vantagem para ambos: a) os índios mudar-se-iam ou melhor transferir-se-iam para o interior rumo a Oeste, deixando livre esta Zona para a futura estrada, com a condição que os civilizados ou os tropeiros que aqui aportassem fossem respeitosos e não os importunassem. Condição aceita. b) Os índios se comprometeriam a retirar-se o mais breve possível deixando ampla liberdade aos civilizados de abrirem a sua estrada e começar a fundação da futura Vila que teria o nome de Nonoai, em homenagem ao velho e bondoso cacique. Aberta essa nova estrada, que saindo de Passo Fundo, iria atravessar o rio Uruguai no passo do Goi-Em e seguiria depois para Xanxerê, rumo a São Paulo, todos os trafegantes do comércio de mulas começaram a utilizá-la. Nonoai, que fica distante apenas a 18 Km do Passo do Goio-Em, com ótima aguada e pastagens, tornou-se o ponto de parada dos tropeiros,que ali permaneciam para recuperar as energias gastas durante as longas jornadas conduzindo as tropas. Como o movimento nessa estrada era muito grande, criou-se a necessidade de se constituir instalações onde se encontrasse pasto, água, pousada, etc., a fim de favorecer os tropeiros. Logo se formou uma espécie de povoado que se desenvolveu a largos passos e dentro de pouco tempo Nonoai tornou-se uma das principais povoações do norte do Estado. Nove anos após , o governo estadual viu-se obrigado a criar em Nonoai uma coletoria a fim de cobrar os impostos de exportação de mulas. Isso se deu em 1847. Nesse mesmo ano Nonoai começou a receber os primeiros imigrantes vindos da Europa. Nonoai cresceu tão rapidamente que, em 1865, por ocasião da guerra do Brasil com o Paraguai, essa vila contribuiu na defesa da pátria com um contingente de voluntários, sob o comando do Major João Cipriano da Rocha Loires, comandante do oitavo esquadrão de Passo Fundo