O trabalho da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para aproximar os municípios do processo de transformação tecnológica ganhou destaque no Fórum IA Unicórnio da Gestão Pública, realizado nesta quinta-feira (6), em Porto Alegre. O evento reuniu gestores, especialistas e autoridades para discutir como a inteligência artificial pode qualificar os serviços públicos oferecidos à população.

A presidente da Famurs e prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira, participou do painel “Inteligência Artificial e a Nova Gestão Pública”, ao lado do secretário adjunto de Planejamento, Governança e Gestão do Estado, Bruno Silveira, e da presidente da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), Letícia Zereu Batistela.

Durante sua fala, Adriane ressaltou o compromisso da federação em apoiar os municípios no desenvolvimento de iniciativas que modernizem a administração pública.

“Trabalhamos para que os gestores enxerguem a IA como uma aliada na qualificação dos serviços e na otimização dos processos. Os prefeitos querem acertar e é por isso que a Famurs tem investido em capacitação, bem como no compartilhamento de experiências que começam pequenas, mas têm potencial de chegar a todas as cidades”, afirmou.

Adriane apresentou a parceria da Famurs com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) que vai possibilitar, em colaboração com a certificadora internacional Xertica, o desenvolvimento de soluções em IA para serem aplicadas aos sistemas de compras e licitações municipais. A proposta quer integrar ferramentas digitais que ampliem a eficiência, transparência e agilidade nos processos de contratação.

A federação também solicitou ao MP estudos envolvendo o uso da IA na atualização do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), a partir de imagens de satélite, e ferramentas que monitorem os impactos da Reforma Tributária sobre as gestões municipais.

“O uso de ferramentas de IA exige compreensão, preparo e capacitação. Essa tecnologia só fará sentido se estiver a serviço das pessoas. Ela tornará as gestões mais humanas justamente porque vai aproximar o cidadão da administração pública”, pontuou.