O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE começou a coleta de dados do seu 10º Censo Agropecuário. Ao longo de cinco meses, os recenseadores irão visitar mais de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país, levantando informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros temas.
Em Nonoai, os recenseadores já começaram o seu trabalho na última semana. O coordenador da Sub-Área do IBGE, com sede em Erechim, Admar Dornfeld esteve em Nonoai e conversou com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Nonoai. Segundo ele, o censo tem uma importância muito grande e significativa para todos os municípios brasileiros. É uma radiografia da produção de todos os estabelecimentos agropecuários e Nonoai não será diferente, que começa nesta semana e todos os estabelecimentos agropecuários de Nonoai serão visitados. O recenseador, através do smartphone, um computador de mão, vai levantar toda a produção dos estabelecimentos agropecuários e estes dados são importantes porque vai permitir que todos os entes públicos, inclusive prefeituras, possam traçar as políticas públicas voltadas ao setor, principalmente o Governo Federal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, fazer suas políticas necessárias para corrigir aqueles pontos mais frágeis que nossa agricultura tem, então vai ser uma oportunidade de fazer uma radiografia para verificar como está nossa produção agrícola.”
O importante papel da agricultura familiar na produção agropecuária do país será investigado mais uma vez. Os resultados do Censo Agro 2017 devem começar a ser divulgados pelo IBGE em meados de 2018. A coleta de dados será inteiramente digital e as operações serão monitoradas via internet. O Censo Agro também vai subsidiar a criação uma nova pesquisa anual do IBGE: a Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários.
Censo Agro 2017 selecionou mais de 26 mil trabalhadores temporários
O IBGE realizou dois processos seletivos simplificados para os temporários que atuarão no Censo Agropecuário 2017. Mais de 130 mil pessoas se inscreveram para concorrer a 26.010 vagas, das quais 171 para profissionais de nível superior em 18 diferentes áreas de conhecimento, para o cargo de Analista Censitário. As demais vagas foram para nível médio (6.139, destinadas aos Agentes Supervisores) e fundamental (18.845, para os Recenseadores). Foram abertas vagas em pouco mais de 4 mil municípios do país. O treinamento dos recenseadores foi descentralizado e terminou na última semana.
Coleta será digital e monitorada via internet
Em 2017, a coleta de dados do Censo Agro 2017 será inteiramente digital, através dos Dispositivos Móveis de Coleta (DMCs). Esses dispositivos rodam um aplicativo inteiramente desenvolvido pela Diretoria de Informática do IBGE e serão capazes de mostrar a imagem do setor censitário, a posição do recenseador no terreno e os endereços dos estabelecimentos a serem recenseados.
O coordenador da sub-área de Erechim, Admar Dornfeld, informou que o recenseador estará devidamente identificado, com boné, crachá, colete e o equipamento necessário, além de ter um número de telefone 0800 para que o cidadão possa fazer a ligação e tirar a dúvida se aquele é mesmo um recenseador do IBGE.
Através do DMC, também será possível identificar novos estabelecimentos e cadastrá-los. Além disso, para garantir que as informações sejam coletadas no setor determinado, o sistema utiliza o GPS e, inclusive, não permite que o questionário do Censo Agro seja aberto fora do local correto.
O novo sistema também vai melhorar a crítica dos dados, orientando os recenseadores durante a coleta, para que o questionário seja preenchido de forma correta. À medida que o recenseador coleta as informações, os dados já começam a ser transmitidos e conferidos.
Agropecuária do país também será investigada por pesquisa amostral
O Censo Agropecuário 2017 vai subsidiar a implantação do cadastro de estabelecimentos agropecuários e do Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias. Isso permitirá a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários, que irá a campo, anualmente, captar dados pormenorizados sobre receitas e despesas na produção, crédito e seguro rural, proteção de mananciais, conservação da fauna e flora, uso de agrotóxicos, técnicas de produção, além da situação social e familiar dos trabalhadores do campo, entre outros temas.